terça-feira, 7 de dezembro de 2010

- Tremendão SL, 100W

Cabeçote Giannini Tremendão SL, anos 70, o único Tremendão com 100W.


Possui os mesmos controles dos Tremendões anteriores (modelos 1, 2 e 3), com a inclusão do Volume Master. E esse Volume Master foi o grande erro que a Giannini cometeu. Na verdade, quem incluiu esse VM nos seus modelos foi a própria Fender. A Giannini apenas reproduziu o erro...

Para garantir o bom timbre, desabilitamos o VM e adaptações foram feitas para deixar o circuito como um blackface. O timbre mudou 1000% para a melhor.

O amp chegou em péssimo estado, conforme abaixo:

 
 

Os capacitores já haviam sido trocados. Colocamos todas as válvulas novas: JJ/Tesla no pré e Electro Harmonix na saída (embora as caixas das 6L6 que aparecem na foto sejam de Sovtek... rsrs). Foi instalada uma calha de reverb Accutronics, gerando um timbre de reverb bastante claro e profundo. A tela frontal foi trocada por um tecido ortofônico Fender original.

O som geral desse amp ficou fantástico, com um clean do Canal 1 de dar inveja a qualquer Fender blackface.

Após reforma estética e devidas alterações no circuito, ele saiu assim:

 
 
 
 

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domingo, 17 de outubro de 2010

- Giannini True Reverber, 1967

Giannini True Reverber, ano 1967, 50W, combo valvulado com 1x12". Esse é o primeiro modelo de TR, e originalmente vinha com 6 falantes de 8". Tem os efeitos Reverb e Trêmolo. Veja mais informações sobre o Giannini TR (modelo 2): clique aqui

 
Ele chegou em péssimo estado estético, porém todos os capacitores já haviam sido trocados, veio com os soquetes das 6L6 trocados por cerâmicos e todos os potenciômetros novos, da Alpha (muito bons). O falante funcionou por alguns minutos, mas logo bateu as botas.

Chegou assim:




Após consertar alguns contatos ruins e o circuito de trêmolo, ele voltou a funcionar. Depois foi feita pintura do gabinete e trafos. A tampa frontal do falante (baffle) foi trocada por uma nova, bem como sua tela. Testamos com um falante Fender (by Eminence) e o som ficou excelente.

Saiu assim:

 



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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

- Fender Champ Silverface, 1973

Fender Champ Silverface, 1973. Clássico combo valvulado 1x8", muito usado para gravações e pequenos ensaios. Possui algumas diferenças para os Champ 5F1 (mais famoso), dentre elas: tone stack com controles de graves e agudos (o 5F1 tinha apenas controle de volume), existência de capacitor de bypass nos dois catodos da 12AX7, capacitores de filtro maiores e tensões mais altas na 12AX7.

Esse aqui chegou meio surrado:

 

Estava com o som distorcido, mas após revisão foi constatado que um dos principais problemas estava no falante, já muito velho e bastante sofrido. É comum esses falantes dos Champ não durarem muito, pois é igualmente comum se usar esses amps no volume máximo! Na tentativa de diminuir a distorção, o amp veio com algumas modificações no circuito para alterar o ganho, feitas por outra pessoa. Após correção, aproveitamos para fazer a conversão do silverface para blackface, e o som melhorou bastante. Restaria agora trocar o falante, e o cliente ficou de decidir qual ele vai querer colocar.

Após o trabalho e limpeza, ele saiu assim:

 
 
 
 
 





sábado, 25 de setembro de 2010

- Vídeo: Fender Reverb Unit '63

Abaixo segue um vídeo do Fender Reverb Unit '63. Tem três controles: Dwell, Mixer e Tone. Pode-se notar seu som de reverb extremamente peculiar, muito usado em estilos como Surf Music.


(caso o vídeo não abra, clique aqui)

A Giannini chegou a copiar esse modelo nos seus tempos dourados. Chamava-se Giannini Super Reverber:


A grande maioria dos amplificadores que tem reverb possuem apenas um parâmetro que pode ser ajustado: o potenciômetro Reverb. Sua função nada mais é do que mixar o efeito com o som da guitarra. Porém, existe uma modificação que pode ser feita em amplificadores com reverb e dois canais, como os Fender Twin Reverb, Super Reverb Amp e vários outros com essa configuração, além, é claro, das cópias nacionais, como o Giannini Tremendão (em qualquer versão).

A modificação consiste em ligar normalmente a guitarra no canal 2 e ainda poder usar os controles do canal 1 apenas para timbrar o reverb, como se fossem os controles Mixer, Tone (agudos) e Tone (graves), oferecendo agora 3 possibilidades de ajuste de reverb (o som do canal 2 permanece intacto). Faltaria ainda o controle Dwell, mas esse pode ser obtido substituindo o potenciômetro Reverb do canal 2 por um de outro valor e fazer umas poucas modificações internas. Após isso, teremos um reverb de molas com quatro parâmetros passíveis de ajuste: os controles Dwell, Mixer, Tone (agudos) e Tone (graves)!

Obviamente, é necessária uma pequena intervenção no circuito, mas é simples e pode ser facilmente removida posteriormente, caso necessário. O resultado é um novo som de reverb, agora com quatro controles e soando como essas unidades externas sem afetar os demais controles de volume e tonalidade do canal 2.

Caso você tenha um amp com dois canais e reverb e gostaria de fazer essa modificação, entre em contato.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

- Ipame 121 "Fender Deluxe", anos 60

Amplificador Ipame 121, combo 1x10",  década de 60. Chegou aqui já com seu circuito todo refeito, inspirado no Fender Deluxe (Model 6G3) porém sem Tremolo.

Tem dois canais, com apenas controle de volume e tone por canal, utiliza válvula retificadora GZ34 (podendo ser usado também com retificação SS através de chave), 3 x 12AX7 antigas e 2 x 6V6 Shuguang (argh, chinesas!) na saída. Estava com um velho falante de 10", sem selo, dando um som horrível (provavelmente é um Novik, ainda original).


Foi solicitado para aumentar o ganho do canal Normal, que havia sido demasiadamente diminuído por outro técnico para evitar distorção. O amp chegou com um som extremamente distorcido, posteriormente atribuído a uma das válvulas 6V6 que não estava funcionando (fujam das válvulas chinesas!). Após revisão geral, testamos com uma 6V6 RCA NOS e o som voltou ao normal.

Depois disso, foi instalado um alto falante Eminence Legend de 10", já usado, e o som como um todo mudou da água pro vinho!

Como sempre, sugiro colocar um bom falante nesses amplificadores nacionais antigos. Seus ouvidos agradecerão.

Após o trabalho, saiu assim:

terça-feira, 21 de setembro de 2010

- Palmer 120W, anos 70 (modelo P100?)


Amplificador Palmer 120W da década de 70, com 3 x 12AX7 e 4 x 6L6. Dois canais com controles de volume, graves e agudos por canal. No canal dois tem o efeito phaser, bastante interessante.

Desconheço qual o modelo exato desse amp, pois é difícil encontrar informações de amplificadores palmer. Já falaram por aí que seria o modelo P100, mas o esquema elétrico do P100 é bem diferente desse aqui, além de não ter efeito phaser. Se alguém souber, por favor me avise.

Me foi solicitado para reduzir um pouco o ganho e modificar o phaser, pois ele mixava o efeito com muita intensidade e mal se ouvia a guitarra. Quanto ao ganho, modifiquei uns capacitores de bypass e sugeri deixar um canal com uma válvula 12AU7 e o outro com uma 12AX7 para deixar ele mais versátil, com um canal mais clean e outro mais quente. Não dava pra fazer milagres sem trocar ou rebobinar o trafo de força, pois esse amp jogava mais de 510V nas placas das 6L6. As válvulas de saída eram GE (possivelmente as originais dele ainda) e aguentam bem isso. Se fossem válvulas atuais, não durariam muito. Há quem recomende diminuir a tensão de placa através de resistores com grande potência, mas não sou muito adepto a esse artifício, pois já vi casos em que esses resistores não deram conta e queimaram. Realmente tem que ser resistores bem potentes, muitas vezes difíceis de encontrar, sendo necessárias associações em paralelo. Além disso, a introdução de resistência nesse ponto resulta em muita compressão no som, o que pode até ser bom dependendo do estilo tocado e gosto pessoal.

Coloquei um trimpot para controle de intensidade que permite mixar o efeito phaser com a guitarra, deixando-o também versátil, como um pedal. Realmente ficou interessante esse efeito.

No mais, o amp estava bastante original por dentro, exceto os capacitores da fonte que já haviam sido trocados. Ele é interessante para rock, pois possui um som naturalmente saturado e quente, como os Marshall.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

- True Reverber II, ano 1972

Giannini True Reverber II, ano 1972, 50W, combo valvulado com 1x12". Inspirado no Fender Super Reverb Amp blackface, porém num formato mais econômico, devido à utilização de apenas um falante de 12" (o Super Reverb usava 4x10"), inexistência de válvula retificadora, ausência do canal 1 (clean) e ausência do controle de médios. Essas são as principais diferenças, mas existem outras menos significantes no circuito. Tem os efeitos Reverb e Trêmolo.

Esse amp chegou apresentando vários ruídos. Ao abrir, verifiquei que ele estava extremamente original por dentro (o que pode ser bom, pelo fato de demonstrar que não foi cobaia para muitos experimentos muitas vezes mal sucedidos; mas também ruim, devido ao fato dos capacitores serem todos originais e com quase 40 anos de vida...).

O amp chegou assim:


Foi feita a troca de todos os capacitores, colocado o Jewel red novo, alça nova, cabo AC tripolar, inclusão de chave Stand By no lugar da chave de Fase.

Embora os ruídos tenham diminuído, não foram eliminados por completo. Após algumas horas de stress, descobri que o problema estava no soquete da válvula V3. Corrigido isso, foi só consertar o Trêmolo, testar com válvulas novas e ir pra galera (como diria o Seu Boneco). Vida nova ao True Reverber!

Porém, como sempre, sugiro trocar todas as válvulas, pois estão cansadas e nem se sabe sua procedência. Além disso, como sempre também, sugiro a troca do falante Novik de 12" (que de "falante" só tem no nome, pois não fala nada) por outro melhor. Se quiser mais headroom, seria interessante um falante de guiarra com potência maior (uns 150W). Se quiser som mais british, um Eminence Legend 12" cairia muito bem.

Após o trabalho, ele saiu assim:

domingo, 25 de julho de 2010

- Thunder Sound Bass II 1970

Esse amplificador foi deixado aqui por cliente que utiliza ele num baixo acústico (vertical), que me pediu para fazer uma revisão e fazer algumas modificações para soar melhor com o seu baixo.

Não acho o TS um bom amplificador para o baixo, embora goste bastante do som dele para guitarra (claro, depois que realizadas as devidas correções de circuito para usá-lo com guitarra). Mas, obviamente, isso é uma questão de gosto e essa é apenas a minha humilde opinião.

Para enfatizar as baixas frequências produzidas pelo baixo acústico, testei várias alternativas no circuito, sendo a que cujo resultado mais agradou foi alterar os valores dos capacitores de bypass das válvulas de pré 1 e 2. Feito isso, os graves passaram a ter um som mais definido e redondo.

Existem várias modificações para fazer um amp soar de forma diferente, mas nem sempre uma mesma alteração vai ter o mesmo resultado em certos amplificadores (o que é um tanto óbvio, pois existem muitas variantes no caminho). Nesse caso, a alteração citada anteriormente foi a que teve melhor resultado dentro daquilo que o cliente esperava.

Após isso, foram efetuadas algumas outras manutencões de rotina. Outra alteração foi a desabilitação da chave Fase (que só causa choques!) e inclusão de uma chave Stand By.

Apesar do amplificador estar funcionando corretamente, recomendei ao cliente substituir todos os capacitores, pois o amplificador é de 1970 e praticamente todos os capacitores ainda são originais. Esses componentes costumam durar uns 20 anos apenas! Ele ficou de trazer o amp aqui em outra ocasião para fazer isso...

Abaixo pode-se verificar como ficam os capacitores eletrolíticos após 40 anos. Eles geralmente ficam em pior estado do que esses.


O amp chegou assim:




E após o trabalho, saiu assim:

 Esse botão no meio do tecido ortofônico não tem função nenhuma e está aí para tapar um buraco. Perguntei ao cliente se ele queria que eu consertasse, mas disse que não precisava.

domingo, 4 de julho de 2010

- Thunder Sound Bass 1967 "quase bassman tweed"

Esse amplificador é um Giannini Thunder Sound Bass, de 1967. Apareceu aqui para uma revisão, e aproveitei para trocar o cabo de força por um tripolar, botei uma alça nova, foram pintados os trafos e o gabinete internamente.

O circuito dele já havia sido previamente modificado para guitarra. Ao que parece, ele foi reconstruído conforme o esquema elétrico do Thunder Sound original e com alterações conforme os esquemas de alguns modelos de Fender Bassman Tweed. Todos os capacitores eletrolíticos já haviam sido trocados e quase todos os outros do circuito também. Havia sido instalada uma chave de seleção de impedância na parte traseira, o que facilita bastante na hora de usar outras caixas.

O controle de Presença não estava funcionando, mas foi só substituir o capacitor correspondente e mudar um pouco o valor que ele começou a funcionar e a atuar mais. Coloquei uma chave de Stand By aproveitando a posição da chave de Fase, que costumo desabilitar sua função nesses amplificadores antigos.

As válvulas já haviam sido trocadas previamente e foram mantidas. Estava com Groove Tubes na saída e Electro Harmonix no Pré. Após o trabalho, o amp ficou assim:


O som dele está excelente. Devido às conversões parciais para os modelos Fender Bassman, ele soa de maneira diferente de um Thunder Sound original. Parece soar mais definido e cristalino.

O dono do amplificador utiliza ele numa caixa 1x12" com um falante Eminence Legend (recomendação minha, hehe) e parece gostar bastante dessa configuração e do resultado do conjunto.