(publicação original: Jornal Ícone - Ed. 191 - Jan/2012)
Após anos de trabalho e centenas de amplificadores vintage restaurados e consertados, sabemos o que vem a ser um ótimo timbre valvulado de guitarra e o que esperar de um grande amplificador. Assim, pudemos verificar os aspectos construtivos, tipos de componentes, layout e demais peculiaridades que funcionam melhor e que contribuem para uma ótima sonoridade global.
A idéia de que antigamente se faziam as coisas para realmente durar é válida para esses amplificadores de instrumentos musicais, e não é difícil encontrarmos aparelhos dos anos 60 ou 70 em perfeitas condições e em ótimo funcionamento. Com relação à sonoridade única desses amplificadores valvulados antigos, é coerente que se fale um pouco sobre algumas das diferenças (subjetivas ou não) entre os aparelhos vintage e os feitos atualmente. Porém, antes de comentar sobre algumas dessas diferenças, é importante que se saiba o que acontece com o sinal elétrico da guitarra ao ser amplificado.
Cada componente atua com se fosse um obstáculo para o sinal de áudio, exercendo influência no timbre final. Logo, num amplificador valvulado que utiliza vários estágios e vários componentes, cada um desses pequenos obstáculos rouba e/ou altera parte do sinal original que está sendo gerado pela guitarra, fazendo com que o mesmo precise ser (re)amplificado para compensar essa perda de intensidade e/ou informação. Em cada uma dessas compensações que se fazem necessárias, o timbre real da guitarra é bastante alterado. Como resultado, não é difícil perceber que o timbre final pode ser tudo, menos som puro de guitarra.
Dessa forma, é correto afirmar que um circuito simples com poucos componentes e poucos estágios tende a valorizar as características tonais próprias do instrumento, além de reproduzir com maior fidelidade as nuances técnicas de quem o está tocando. É nesse momento que a magia acontece. Outro fator que exerce grande influência na diferença do timbre entre amplificadores vintage e modernos é o tipo e a qualidade dos componentes eletrônicos utilizados. Por menor que possa ser essa diferença audível que determinado componente venha a exercer, ela sempre está presente – até a cor do material isolante dos fios condutores pode alterar o timbre, graças à pigmentação diferente adicionada para dar determinada coloração.
A idéia de que antigamente se faziam as coisas para realmente durar é válida para esses amplificadores de instrumentos musicais, e não é difícil encontrarmos aparelhos dos anos 60 ou 70 em perfeitas condições e em ótimo funcionamento. Com relação à sonoridade única desses amplificadores valvulados antigos, é coerente que se fale um pouco sobre algumas das diferenças (subjetivas ou não) entre os aparelhos vintage e os feitos atualmente. Porém, antes de comentar sobre algumas dessas diferenças, é importante que se saiba o que acontece com o sinal elétrico da guitarra ao ser amplificado.
Cada componente atua com se fosse um obstáculo para o sinal de áudio, exercendo influência no timbre final. Logo, num amplificador valvulado que utiliza vários estágios e vários componentes, cada um desses pequenos obstáculos rouba e/ou altera parte do sinal original que está sendo gerado pela guitarra, fazendo com que o mesmo precise ser (re)amplificado para compensar essa perda de intensidade e/ou informação. Em cada uma dessas compensações que se fazem necessárias, o timbre real da guitarra é bastante alterado. Como resultado, não é difícil perceber que o timbre final pode ser tudo, menos som puro de guitarra.
Dessa forma, é correto afirmar que um circuito simples com poucos componentes e poucos estágios tende a valorizar as características tonais próprias do instrumento, além de reproduzir com maior fidelidade as nuances técnicas de quem o está tocando. É nesse momento que a magia acontece. Outro fator que exerce grande influência na diferença do timbre entre amplificadores vintage e modernos é o tipo e a qualidade dos componentes eletrônicos utilizados. Por menor que possa ser essa diferença audível que determinado componente venha a exercer, ela sempre está presente – até a cor do material isolante dos fios condutores pode alterar o timbre, graças à pigmentação diferente adicionada para dar determinada coloração.
Amplificadores Modernos
A quase absoluta maioria dos amplificadores valvulados atuais feitos em linha usa componentes modernos (muitas vezes digitais), como: circuitos integrados (CI), transistores, relés, varistores, optoacopladores, placas de circuito impresso capacitivas (PCB), cabos paralelos com alta capacitância, etc.
Com a idéia de proporcionar maior versatilidade ao músico, várias novas funcionalidades foram sendo implementadas nesses amplificadores ao longo do tempo, tornando seus circuitos mais complexos e utilizando ainda mais componentes e estágios.
Já foi visto que cada um desses itens atua como uma barreira e rouba parte do sinal do áudio. Logo, o resultado é um timbre camuflado, frio e artificial, uma vez que a essência do chamado “som puro de válvula” foi se perdendo ao longo do caminho que o sinal de áudio precisou percorrer.
Muitos dos ótimos componentes eletrônicos que se encontravam facilmente nos anos 60 e 70 não existem mais e os processos de fabricação passaram a ser cada vez mais automatizados para diminuir os custos de produção. Um exemplo disso é a utilização de placa de circuito impresso, que gera muito mais capacitância entre as trilhas – antigamente era frequente a montagem em placa com ilhoses.
Ainda sobre os amplificadores valvulados modernos, deve-se falar sobre a sua durabilidade e confiabilidade. Pense numa corrente com muitos elos, onde todos têm a real possibilidade de serem partidos – nessa analogia, a corrente seria o amplificador e os elos seriam os vários estágios e componentes do circuito. Agora, adicione a constante busca pelo lucro máximo e a máxima redução de custos que os fabricantes em linha buscam descaradamente. O resultado disso é um amplificador com som artificial, que nem sempre é tão barato assim, e que muitas vezes queima logo que a garantia acaba. Isso é válido também para as mais famosas e renomadas marcas de amplificadores que outrora já foram dignas do nome que carregam, porém, em tempos de tigres asiáticos, acabaram perdendo aquilo que lhes rendeu sua boa reputação: timbre, qualidade e durabilidade.
Com a idéia de proporcionar maior versatilidade ao músico, várias novas funcionalidades foram sendo implementadas nesses amplificadores ao longo do tempo, tornando seus circuitos mais complexos e utilizando ainda mais componentes e estágios.
Já foi visto que cada um desses itens atua como uma barreira e rouba parte do sinal do áudio. Logo, o resultado é um timbre camuflado, frio e artificial, uma vez que a essência do chamado “som puro de válvula” foi se perdendo ao longo do caminho que o sinal de áudio precisou percorrer.
Muitos dos ótimos componentes eletrônicos que se encontravam facilmente nos anos 60 e 70 não existem mais e os processos de fabricação passaram a ser cada vez mais automatizados para diminuir os custos de produção. Um exemplo disso é a utilização de placa de circuito impresso, que gera muito mais capacitância entre as trilhas – antigamente era frequente a montagem em placa com ilhoses.
Ainda sobre os amplificadores valvulados modernos, deve-se falar sobre a sua durabilidade e confiabilidade. Pense numa corrente com muitos elos, onde todos têm a real possibilidade de serem partidos – nessa analogia, a corrente seria o amplificador e os elos seriam os vários estágios e componentes do circuito. Agora, adicione a constante busca pelo lucro máximo e a máxima redução de custos que os fabricantes em linha buscam descaradamente. O resultado disso é um amplificador com som artificial, que nem sempre é tão barato assim, e que muitas vezes queima logo que a garantia acaba. Isso é válido também para as mais famosas e renomadas marcas de amplificadores que outrora já foram dignas do nome que carregam, porém, em tempos de tigres asiáticos, acabaram perdendo aquilo que lhes rendeu sua boa reputação: timbre, qualidade e durabilidade.
Amplificadores vintage originais
Já um amplificador vintage construído minuciosamente de forma artesanal, com montagem ponto-a-ponto e com componentes e peças de boa tolerância e procedência tem o tempo de vida muito mais longo – sim, às vezes vemos amplificadores dos anos 50/60 em ótimo estado ainda, precisando apenas de umas válvulas novas.
Alguns desses amplificadores clássicos e que fizeram história tem algo em comum: é notável sua qualidade como produto realmente durável e como “máquina de timbre”. Entretanto, obviamente é necessário um ou outro reparo ao longo do tempo, como troca dos capacitores eletrolíticos, já que esses têm vida útil de não mais que 20 anos – afinal, um Mustang Fastback 1966 também precisa de pneus novos de vez em quando.
A simplicidade dos circuitos dos amplificadores antigos de boa procedência é notável, bem como suas técnicas de construção. Além disso, os fabricantes da época tinham disponíveis praticamente apenas os bons componentes e não se importavam em pagar o preço que custavam para criar um produto realmente de qualidade – ao contrário do que acontece hoje em dia, quando temos várias opções para o mesmo componente (desde a mais barata até a mais cara), e a maioria dos fabricantes em linha adota o que for mais econômico.
Naquela época também não havia tanta concorrência como existe hoje, e realmente se podia investir na fabricação de bons produtos sem dar ênfase apenas para os custos envolvidos – diferentemente do que acontece hoje em dia, com tanta oferta de produtos de origem duvidosa sendo empurrada ao consumidor.
Enfim, o somatório de todas essas pequenas coisas é o grande responsável pela criação de um produto realmente de qualidade, capaz de proporcionar um timbre único e diferenciando, além de permanecer em funcionamento após todos esses anos.
Ainda existem poucos fabricantes que adotam essa filosofia de antigamente, cujo timbre, simplicidade do circuito e qualidade dos componentes envolvidos é a maior preocupação. A JW Tubes é adepta dessa filosofia e vem buscando seu espaço com a oferta de amplificadores feitos como antigamente, para os músicos mais exigentes. Além disso, realiza manutenções e restaurações em aparelhos valvulados antigos.
Alguns desses amplificadores clássicos e que fizeram história tem algo em comum: é notável sua qualidade como produto realmente durável e como “máquina de timbre”. Entretanto, obviamente é necessário um ou outro reparo ao longo do tempo, como troca dos capacitores eletrolíticos, já que esses têm vida útil de não mais que 20 anos – afinal, um Mustang Fastback 1966 também precisa de pneus novos de vez em quando.
A simplicidade dos circuitos dos amplificadores antigos de boa procedência é notável, bem como suas técnicas de construção. Além disso, os fabricantes da época tinham disponíveis praticamente apenas os bons componentes e não se importavam em pagar o preço que custavam para criar um produto realmente de qualidade – ao contrário do que acontece hoje em dia, quando temos várias opções para o mesmo componente (desde a mais barata até a mais cara), e a maioria dos fabricantes em linha adota o que for mais econômico.
Naquela época também não havia tanta concorrência como existe hoje, e realmente se podia investir na fabricação de bons produtos sem dar ênfase apenas para os custos envolvidos – diferentemente do que acontece hoje em dia, com tanta oferta de produtos de origem duvidosa sendo empurrada ao consumidor.
Enfim, o somatório de todas essas pequenas coisas é o grande responsável pela criação de um produto realmente de qualidade, capaz de proporcionar um timbre único e diferenciando, além de permanecer em funcionamento após todos esses anos.
Ainda existem poucos fabricantes que adotam essa filosofia de antigamente, cujo timbre, simplicidade do circuito e qualidade dos componentes envolvidos é a maior preocupação. A JW Tubes é adepta dessa filosofia e vem buscando seu espaço com a oferta de amplificadores feitos como antigamente, para os músicos mais exigentes. Além disso, realiza manutenções e restaurações em aparelhos valvulados antigos.
Novo site: www.jwtubes.com.br
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