sexta-feira, 15 de abril de 2011

- Alex 1006, ano 1966


Ano 1966, amplificador compacto, com 1 x 8", um canal e controles de Volume e Tom. As válvulas do pré são 12AX7 e 6AV6. Usa 2 x 6AQ5 na saída e tem retificação valvulada através de uma 5Y3.

Possui um som interessante, embora as válvulas demonstrem certo cansaço. Como não são tão usuais assim, não tivemos acesso imediato a umas novas para reposição.

Apareceu aqui para revisão e eliminação de ruídos, bem como correção no controle de Tom, que não estava atuando corretamente.

Suguem mais fotos:

 
 
 

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domingo, 10 de abril de 2011

- Capacitores eletrolíticos em amplificadores com mais de 30 anos

 

Os capacitores eletrolíticos acima são os encontrados na maioria dos amplificadores nacionais dos anos 60 e 70 (Giannini, Palmer, Phelpa, CSound, etc). Guardo eles para mostrar aos clientes que não levam a sério ou não acreditam que o tempo de vida útil de capacitores é, em média, 20 anos. Isso vale para os capacitores não polarizados também (usados no circuito de áudio). Muitas vezes, um capacitor da fonte beirando o fim da vida pode entrar em curto e levar à queima do trafo de força se o fusível não estiver corretamente dimensionado (lembrem-se que um fusível para ligação em 220V deve ter metade do valor do que se usa para 110V. Ex: se o aparelho pede 3A para 110V, deve-se usar 1,5A em 220V). O seu amplificador vai agradecer se os capacitores velhos da fonte ou de bypass forem trocados, principalmente se os novos forem de primeira linha (Sprague Atom, F&T, JJ, Illinois, Xicon, etc).

Falando agora dos capacitores não polarizados (onde passa o sinal de áudio): se o amp vintage está até funcionando mas apresenta ruídos intermitentes, estalos, chiados, etc, há 90% de chance de ser por causa de capacitores velhos. Às vezes, é possível encontrar o "culpado" e substituir apenas ele, porém, dentro de pouco tempo o problema acaba voltando em outro ponto, e assim por diante. No fim das contas, é mais prático e mais barato trocar todos eles do que ficar corrigindo paleativamente o problema conforme ele vai aparecendo. Capacitores de boa procedência são extremamente recomendados, como os Sprague Orange Drop, Mallory 150, Xicon, Auricap, Sozo, Illinois, etc.

A quem acha que estaria sendo tirada a originalidade do amp quando se troca os capacitores, pense no seguinte: quando seu amp saiu da fábrica há 40 anos, os capacitores estavam com seu valor nominal (ou perto disso, considerando a tolerância) e em perfeito estado. Logo, se o seu amp está com capacitores quase batendo as botas, ele (o amp) também não está mais como havia sido originalmente projetado.


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- Sonelli Thunderbird 40-4


Raridade esse amplificador. Possui 3 canais, 5 válvulas de pré estilo 12AX7 (não sei precisar se originalmente são todas 12AX7 ou se são misturadas com 12AT7 e 12AU7 também) + 2 x 6L6. Chegou aqui para revisão geral.

Esse projeto é curiosamente "mal projetado". Foge a muitas das boas práticas recomendadas à construção de amplificadores valvulados, entre elas, a de se colocar a(s) entrada(s) de instrumentos o mais longe possível do trafo de força para evitar problemas de ruído, pois no caso desse Sonelli a entrada dá de cara com a fonte. Além disso, a distribuição de vários dos componentes favorece a aparição de ruídos e oscilações parasitas, pois não segue um padrão recomendado. Na minha humilde opinião, um projeto feito por amadores...

O som possui bons graves, graças a um enorme trafo de saída.

Veio ainda com o estágio de potência e bias montado de maneira absuramente estranha, embora dê para ver pelo estado dos componentes que parece ser original ou pelo menos que tenha sido modificado há mais de 30 anos.

Foram feitas a revisão, correção no estágio de potência, modificação de um canal para usar com o baixo, inclusão de chave seletora de impedância e instalação de cabo tripolar.

Seguem mais fotos:

 
 
 
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sábado, 9 de abril de 2011

- Giannini Duovox 150B

Amplificador com dois canais, com controles de Volume, Treble, Middle, Bass e chave Bright por canal. Usa 3 válvulas no pré e 4 x 6L6 na saída.

Chegou aqui assim, queimando fusível:

Após inspeção visual e diagnóstico, constatamos que uma das 6L6 estava queimada. Retiramos ela e o amp voltou a funcionar normalmente. Porém, foi recomendada uma revisão do circuito, para verificar se havia danificado mais algum componente.

Ao medir as tensões de placa das 6L6, encontramos valores na ordem de 740V, o que sustenta a afirmação de que os Duovox (120G ou 120B pra cima) têm a fama de fritadores de válvula. Como a maioria das 6L6 atuais aguenta entre 450V e no máximo 500V, não é surpresa que logo queimem após serem submetidas a 740V! Antgamente (anos 60/70), isso não era problema, pois as RCA originais aguentavam muito bem essa tensão alta. As 6L6 que estavam nele eram Svetlana, e até duraram demais (segundo o dono, uns 2 ou 3 anos). Se colocar válvulas chinesas, elas derretem quase que na hora! Existem algumas soluções para resolver esse problema, entre elas usar 2 x KT88 ou 2 x 6550 na saída. Tem a vantagem de a potência ficar quase a mesma do que 4 x 6L6 e de quebra ter uma resposta de grave muito melhor. Porém, dá pra colocar no máximo 2 dessas válvulas, pois a corrente de filamento não seria suportada pelo trafo de força (a não ser que se use um trafo menor só para esse filamento).

Se você tem um Duovox fritador de válvulas (120G ou 120B pra cima), entre em contato para ver as sugestões de melhoria para essa tensão alta. Isso vale para outros amplificadores no estilo, como alguns modelos Palmer e CSound.

Após o trabalho, ele saiu assim: