quinta-feira, 30 de setembro de 2010

- Fender Champ Silverface, 1973

Fender Champ Silverface, 1973. Clássico combo valvulado 1x8", muito usado para gravações e pequenos ensaios. Possui algumas diferenças para os Champ 5F1 (mais famoso), dentre elas: tone stack com controles de graves e agudos (o 5F1 tinha apenas controle de volume), existência de capacitor de bypass nos dois catodos da 12AX7, capacitores de filtro maiores e tensões mais altas na 12AX7.

Esse aqui chegou meio surrado:

 

Estava com o som distorcido, mas após revisão foi constatado que um dos principais problemas estava no falante, já muito velho e bastante sofrido. É comum esses falantes dos Champ não durarem muito, pois é igualmente comum se usar esses amps no volume máximo! Na tentativa de diminuir a distorção, o amp veio com algumas modificações no circuito para alterar o ganho, feitas por outra pessoa. Após correção, aproveitamos para fazer a conversão do silverface para blackface, e o som melhorou bastante. Restaria agora trocar o falante, e o cliente ficou de decidir qual ele vai querer colocar.

Após o trabalho e limpeza, ele saiu assim:

 
 
 
 
 





sábado, 25 de setembro de 2010

- Vídeo: Fender Reverb Unit '63

Abaixo segue um vídeo do Fender Reverb Unit '63. Tem três controles: Dwell, Mixer e Tone. Pode-se notar seu som de reverb extremamente peculiar, muito usado em estilos como Surf Music.


(caso o vídeo não abra, clique aqui)

A Giannini chegou a copiar esse modelo nos seus tempos dourados. Chamava-se Giannini Super Reverber:


A grande maioria dos amplificadores que tem reverb possuem apenas um parâmetro que pode ser ajustado: o potenciômetro Reverb. Sua função nada mais é do que mixar o efeito com o som da guitarra. Porém, existe uma modificação que pode ser feita em amplificadores com reverb e dois canais, como os Fender Twin Reverb, Super Reverb Amp e vários outros com essa configuração, além, é claro, das cópias nacionais, como o Giannini Tremendão (em qualquer versão).

A modificação consiste em ligar normalmente a guitarra no canal 2 e ainda poder usar os controles do canal 1 apenas para timbrar o reverb, como se fossem os controles Mixer, Tone (agudos) e Tone (graves), oferecendo agora 3 possibilidades de ajuste de reverb (o som do canal 2 permanece intacto). Faltaria ainda o controle Dwell, mas esse pode ser obtido substituindo o potenciômetro Reverb do canal 2 por um de outro valor e fazer umas poucas modificações internas. Após isso, teremos um reverb de molas com quatro parâmetros passíveis de ajuste: os controles Dwell, Mixer, Tone (agudos) e Tone (graves)!

Obviamente, é necessária uma pequena intervenção no circuito, mas é simples e pode ser facilmente removida posteriormente, caso necessário. O resultado é um novo som de reverb, agora com quatro controles e soando como essas unidades externas sem afetar os demais controles de volume e tonalidade do canal 2.

Caso você tenha um amp com dois canais e reverb e gostaria de fazer essa modificação, entre em contato.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

- Ipame 121 "Fender Deluxe", anos 60

Amplificador Ipame 121, combo 1x10",  década de 60. Chegou aqui já com seu circuito todo refeito, inspirado no Fender Deluxe (Model 6G3) porém sem Tremolo.

Tem dois canais, com apenas controle de volume e tone por canal, utiliza válvula retificadora GZ34 (podendo ser usado também com retificação SS através de chave), 3 x 12AX7 antigas e 2 x 6V6 Shuguang (argh, chinesas!) na saída. Estava com um velho falante de 10", sem selo, dando um som horrível (provavelmente é um Novik, ainda original).


Foi solicitado para aumentar o ganho do canal Normal, que havia sido demasiadamente diminuído por outro técnico para evitar distorção. O amp chegou com um som extremamente distorcido, posteriormente atribuído a uma das válvulas 6V6 que não estava funcionando (fujam das válvulas chinesas!). Após revisão geral, testamos com uma 6V6 RCA NOS e o som voltou ao normal.

Depois disso, foi instalado um alto falante Eminence Legend de 10", já usado, e o som como um todo mudou da água pro vinho!

Como sempre, sugiro colocar um bom falante nesses amplificadores nacionais antigos. Seus ouvidos agradecerão.

Após o trabalho, saiu assim:

terça-feira, 21 de setembro de 2010

- Palmer 120W, anos 70 (modelo P100?)


Amplificador Palmer 120W da década de 70, com 3 x 12AX7 e 4 x 6L6. Dois canais com controles de volume, graves e agudos por canal. No canal dois tem o efeito phaser, bastante interessante.

Desconheço qual o modelo exato desse amp, pois é difícil encontrar informações de amplificadores palmer. Já falaram por aí que seria o modelo P100, mas o esquema elétrico do P100 é bem diferente desse aqui, além de não ter efeito phaser. Se alguém souber, por favor me avise.

Me foi solicitado para reduzir um pouco o ganho e modificar o phaser, pois ele mixava o efeito com muita intensidade e mal se ouvia a guitarra. Quanto ao ganho, modifiquei uns capacitores de bypass e sugeri deixar um canal com uma válvula 12AU7 e o outro com uma 12AX7 para deixar ele mais versátil, com um canal mais clean e outro mais quente. Não dava pra fazer milagres sem trocar ou rebobinar o trafo de força, pois esse amp jogava mais de 510V nas placas das 6L6. As válvulas de saída eram GE (possivelmente as originais dele ainda) e aguentam bem isso. Se fossem válvulas atuais, não durariam muito. Há quem recomende diminuir a tensão de placa através de resistores com grande potência, mas não sou muito adepto a esse artifício, pois já vi casos em que esses resistores não deram conta e queimaram. Realmente tem que ser resistores bem potentes, muitas vezes difíceis de encontrar, sendo necessárias associações em paralelo. Além disso, a introdução de resistência nesse ponto resulta em muita compressão no som, o que pode até ser bom dependendo do estilo tocado e gosto pessoal.

Coloquei um trimpot para controle de intensidade que permite mixar o efeito phaser com a guitarra, deixando-o também versátil, como um pedal. Realmente ficou interessante esse efeito.

No mais, o amp estava bastante original por dentro, exceto os capacitores da fonte que já haviam sido trocados. Ele é interessante para rock, pois possui um som naturalmente saturado e quente, como os Marshall.